No âmbito do encontro Teatro no Inverno, produzido pela companhia Al-Masrah, Ana Cristina Oliveira foi uma das personalidades ligadas ao teatro convidadas para falar do seu mais recente livro “Meio século de Teatro no Algarve”. Nessa conversa informal a autora discorreu sobre o seu processo de investigação, respondendo às questões que espontaneamente surgiam da plateia quase exclusivamente composta por gente ligada ao teatro. Confrontada sobre a questão de distingue o trabalho profissional do trabalho amador Ana Cristina Oliveira quis realçar a tese segundo a qual o profissionalismo reside na atitude inerente ao processo de criação e produção. No entanto, não é de desprezar a disponibilidade que as estruturas profissionais têm efectivamente ao nível do tempo para apurar o trabalho apresentado, para além da formação e do saber o que lhes permite romper no domínio artístico com a estética instituída. Discorreu-se também sobre a questão dos apoios institucionais, nomeadamente das autarquias, no sentido de com o seu apoio, contribuírem, de uma forma estruturada, para o desenvolvimento da sua região. Lamentou-se o facto de não haver espaço, fora do convencionado mês do teatro, para que os grupos de teatro dos diversos concelhos algarvios possam fazer um efectivo intercâmbio de espectáculos e experiências formativas. A gestão dos espaços culturais pelas autarquias, sujeita a critérios específicos de programação, pode obstaculizar o intercâmbio dos grupos de teatro algarvios nas salas de espectáculo com condições mínimas para receber um espectáculo de teatro com a dignidade que ele merece.
A conversa visou também o teatro em meio escolar e a falta de alternativas na região para as dezenas de jovens que anseiam desenvolver um trabalho na região dentro dessa área. Pedro Ramos fez a comparação entre o número de habitantes do Alentejo, e número de habitantes do Algarve, apontando a discrepância de todo em todo injustificada relativamente ao número de companhias de teatro profissionais nas duas regiões. Enquanto que no Algarve há duas companhias financiadas pelo Instituto das Artes, no Alentejo esse número ascende a 20. Muita coisa há a fazer neste domínio e esta obra apresenta-se como um ponto de partida para a reflexão que ainda falta fazer sobre o papel estruturante do teatro na região algarvia.
A conversa visou também o teatro em meio escolar e a falta de alternativas na região para as dezenas de jovens que anseiam desenvolver um trabalho na região dentro dessa área. Pedro Ramos fez a comparação entre o número de habitantes do Alentejo, e número de habitantes do Algarve, apontando a discrepância de todo em todo injustificada relativamente ao número de companhias de teatro profissionais nas duas regiões. Enquanto que no Algarve há duas companhias financiadas pelo Instituto das Artes, no Alentejo esse número ascende a 20. Muita coisa há a fazer neste domínio e esta obra apresenta-se como um ponto de partida para a reflexão que ainda falta fazer sobre o papel estruturante do teatro na região algarvia.
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