O IX Festival Internacional de Dança Contemporânea a-sul iniciou-se com uma grande produção oriunda da Grécia. Uma criação algo arrojada que faz uma transposição da vida dos cisnes para a vida de alguns deserdados da sociedade.
Dias 1 e 2 de Setembro de 2005, o Teatro Municipal de Faro, em co-produção com a Associação No fundo do Fundo abriu as suas portas à grande produção de dança contemporânea O Lago dos Cisnes com coreografia de Konstantinos Rigos. Um espectáculo do dancetheatre of the Nacional Theatre of Norther Greece que junta em palco 14 bailarinos e dois músicos. A impor-se na cenografia uma caravana no meio de milhares de pedaços de tule branco, lembrando as penas dos cisnes. As catorze personagens, todas parecendo retiradas de um filme de David Lynch mostram a existência dos deserdados da vida. As relações humanas dentro daquilo que vulgarmente se chama White Trash são mostradas de forma original e apresentadas por excelentes bailarinos. O casal apaixonado que foge e acha que consegue viver de amor e uma cabana, as discussões, os concursos burlescos, o mau gosto, os sonhos e anseios de quem vive num pântano e anseia ganhar asas para voar dali para fora. Vemos com algum mal-estar como os cisnes lutam por um pouco de pão mandado com comiseração, vemos com consternação o caçador a matar o cisne indefeso, os rituais de passagem que o bando faz para embaraço dos neófitos, as orgias, os rituais de acasalamento e morte e sempre, a figura da bailarina que dança apesar de tudo. Como é dito no Grande circo místico: “Reparando bem, todo o mundo tem defeito, só a bailarina é que não tem…”. Enfim, o mundo dos menos afortunados retratado através da história do cisne. Talvez o tema recorrente da crítica à sociedade de consumo ocidental já tenha sido muito explorado através destes arquétipos dos indigentes e do circo humano que povoa as caravanas. Mas a música, a perfeição dos bailarinos e as imagens resultantes do jogo de luz e da cenografia são o suficiente para fazer deste Lago dos Cisnes um bom espectáculo.
Dias 1 e 2 de Setembro de 2005, o Teatro Municipal de Faro, em co-produção com a Associação No fundo do Fundo abriu as suas portas à grande produção de dança contemporânea O Lago dos Cisnes com coreografia de Konstantinos Rigos. Um espectáculo do dancetheatre of the Nacional Theatre of Norther Greece que junta em palco 14 bailarinos e dois músicos. A impor-se na cenografia uma caravana no meio de milhares de pedaços de tule branco, lembrando as penas dos cisnes. As catorze personagens, todas parecendo retiradas de um filme de David Lynch mostram a existência dos deserdados da vida. As relações humanas dentro daquilo que vulgarmente se chama White Trash são mostradas de forma original e apresentadas por excelentes bailarinos. O casal apaixonado que foge e acha que consegue viver de amor e uma cabana, as discussões, os concursos burlescos, o mau gosto, os sonhos e anseios de quem vive num pântano e anseia ganhar asas para voar dali para fora. Vemos com algum mal-estar como os cisnes lutam por um pouco de pão mandado com comiseração, vemos com consternação o caçador a matar o cisne indefeso, os rituais de passagem que o bando faz para embaraço dos neófitos, as orgias, os rituais de acasalamento e morte e sempre, a figura da bailarina que dança apesar de tudo. Como é dito no Grande circo místico: “Reparando bem, todo o mundo tem defeito, só a bailarina é que não tem…”. Enfim, o mundo dos menos afortunados retratado através da história do cisne. Talvez o tema recorrente da crítica à sociedade de consumo ocidental já tenha sido muito explorado através destes arquétipos dos indigentes e do circo humano que povoa as caravanas. Mas a música, a perfeição dos bailarinos e as imagens resultantes do jogo de luz e da cenografia são o suficiente para fazer deste Lago dos Cisnes um bom espectáculo.
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