Ana Baião encenou o Nexo dos sexos. O seu anterior trabalho para a ACTA, o Longo Sono da Heroína cumpriu os objectivos de levar à quase totalidade das escolas algarvias mais uma reflexão sobre a droga.
Desta vez, o tema não podia estar mais na moda: a sexualidade e a relação difícil que os adolescentes mantêm com ele.
Segundo Ana Baião, “o processo de construção do espectáculo foi idêntico a do espectáculo o Longo Sono da Heroína, ou seja, há uma imagem unificadora que se mantém ao longo do espectáculo.” O texto tem a informação mínima. Mas para essa informação estar devidamente condensada, Ana Baião fez uma aturada pesquisa dentre a inúmera bibliografia que existe sobre a sexualidade na adolescência. Contactou com os gabinetes de apoio ao Jovem (GAJ), existentes nas escolas e solicitou inquéritos feitos às turmas sobre as perguntas mais frequentes que os jovens gostariam de ver respondidas. Esse foi o material em bruto que serviu da base para a construção do texto. Foi feita também uma pesquisa sobre a linguagem utilizada pelos jovens para a abordagem destes temas. Embora Ana Baião não tenha utilizado o calão vernáculo, tentou aproximar a linguagem do texto a um modo de expressão que os jovens de hoje em dia utilizam. Por isso, qualquer relação precipitada entre este texto e a linguagem utilizada pelo autor de Sexus, é pura coincidência.
O grande tema exploratório neste trabalho é a relação entre a sexualidade e os afectos. O universo foi construído a partir da imagem do quadro de Klint O Beijo. Esse foi o ponto de partida para o universo estético, presente nos figurinos de Esmeralda Bisnoca. O Beijo porque, segundo Ana Baião, há muita confusão entre os jovens acerca dos conceitos de afecto e sexo. A afectividade, presente em todos os campos da via humana, parece ser retirada pelos jovens da dimensão sexual, e há que reflectir nisso.
A representação é realista para suportar depois o encontro com as actividades inerentes a este tipo de espectáculo interactivo.
O projecto insere-se no âmbito de um protocolo entre a ACTA e a Direcção Regional da Educação do Algarve através do Programa de Teatro para a Educação que a ACTA tem vindo a desenvolver junto da população escolar.
Este espectáculo para o público escolar faz parte de uma oficina de trabalho planificada par um bloco de 90 minutos. Assim, os actores Ana Gabriel, João Jonas, Mário Spencer e Tânia Silva irão apresentar os problemas relativos à sexualidade. Ao longo do espectáculo será pedido aos alunos que façam diversas tarefas, jogos dramáticos que lhes permitem entrar na magia da representação e tornarem-se cúmplices das personagens. Há uma tarefa em que os alunos irão dar voz a pensamentos que as personagens eventualmente estarão a ter na altura. Depois os actores, com base numa técnica de improviso muito trabalhadaa, irão construir um monólogo no qual dão voz aos pensamentos fornecidos pelos alunos.
A questão da falta de comunicação entre pais e filhos também é trabalhada a par de temas como o crescimento e as alterações profundas sofridas no corpo, a atracção e o processo que dois jovens constroem até chegarem à primeira relação sexual.
É que falar sobre droga não cria muitos problemas, afirma Ana Baião. A droga existe, está como que numa prateleira, longínqua ou acessível, mas é algo exterior. Falar sobre sexualidade é quase como que uma devassa à nossa intimidade e é difícil pôr as pessoas a falar abertamente e de uma forma séria sobre questões que as transtornam.
Este espectáculo teve a sua estreia numa escola de ensino básico em Faro. Irá percorrer as escolas básicas e secundárias do Algarve. Esperemos que, pelo menos desta vez, com um tema tão transversal, a ACTA reconheça como parceiros, professores de outras áreas para além do Português como a Biologia, a Psicologia e todos os que trabalham com formação especializada na educação para os afectos e para a saúde nos Gabinetes de Apoio ao Jovem.
Desta vez, o tema não podia estar mais na moda: a sexualidade e a relação difícil que os adolescentes mantêm com ele.
Segundo Ana Baião, “o processo de construção do espectáculo foi idêntico a do espectáculo o Longo Sono da Heroína, ou seja, há uma imagem unificadora que se mantém ao longo do espectáculo.” O texto tem a informação mínima. Mas para essa informação estar devidamente condensada, Ana Baião fez uma aturada pesquisa dentre a inúmera bibliografia que existe sobre a sexualidade na adolescência. Contactou com os gabinetes de apoio ao Jovem (GAJ), existentes nas escolas e solicitou inquéritos feitos às turmas sobre as perguntas mais frequentes que os jovens gostariam de ver respondidas. Esse foi o material em bruto que serviu da base para a construção do texto. Foi feita também uma pesquisa sobre a linguagem utilizada pelos jovens para a abordagem destes temas. Embora Ana Baião não tenha utilizado o calão vernáculo, tentou aproximar a linguagem do texto a um modo de expressão que os jovens de hoje em dia utilizam. Por isso, qualquer relação precipitada entre este texto e a linguagem utilizada pelo autor de Sexus, é pura coincidência.
O grande tema exploratório neste trabalho é a relação entre a sexualidade e os afectos. O universo foi construído a partir da imagem do quadro de Klint O Beijo. Esse foi o ponto de partida para o universo estético, presente nos figurinos de Esmeralda Bisnoca. O Beijo porque, segundo Ana Baião, há muita confusão entre os jovens acerca dos conceitos de afecto e sexo. A afectividade, presente em todos os campos da via humana, parece ser retirada pelos jovens da dimensão sexual, e há que reflectir nisso.
A representação é realista para suportar depois o encontro com as actividades inerentes a este tipo de espectáculo interactivo.
O projecto insere-se no âmbito de um protocolo entre a ACTA e a Direcção Regional da Educação do Algarve através do Programa de Teatro para a Educação que a ACTA tem vindo a desenvolver junto da população escolar.
Este espectáculo para o público escolar faz parte de uma oficina de trabalho planificada par um bloco de 90 minutos. Assim, os actores Ana Gabriel, João Jonas, Mário Spencer e Tânia Silva irão apresentar os problemas relativos à sexualidade. Ao longo do espectáculo será pedido aos alunos que façam diversas tarefas, jogos dramáticos que lhes permitem entrar na magia da representação e tornarem-se cúmplices das personagens. Há uma tarefa em que os alunos irão dar voz a pensamentos que as personagens eventualmente estarão a ter na altura. Depois os actores, com base numa técnica de improviso muito trabalhadaa, irão construir um monólogo no qual dão voz aos pensamentos fornecidos pelos alunos.
A questão da falta de comunicação entre pais e filhos também é trabalhada a par de temas como o crescimento e as alterações profundas sofridas no corpo, a atracção e o processo que dois jovens constroem até chegarem à primeira relação sexual.
É que falar sobre droga não cria muitos problemas, afirma Ana Baião. A droga existe, está como que numa prateleira, longínqua ou acessível, mas é algo exterior. Falar sobre sexualidade é quase como que uma devassa à nossa intimidade e é difícil pôr as pessoas a falar abertamente e de uma forma séria sobre questões que as transtornam.
Este espectáculo teve a sua estreia numa escola de ensino básico em Faro. Irá percorrer as escolas básicas e secundárias do Algarve. Esperemos que, pelo menos desta vez, com um tema tão transversal, a ACTA reconheça como parceiros, professores de outras áreas para além do Português como a Biologia, a Psicologia e todos os que trabalham com formação especializada na educação para os afectos e para a saúde nos Gabinetes de Apoio ao Jovem.
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