A Companhia Mar Encantado apresentou em Albufeira o espectáculo “Uma Aventura no Fundo do Mar”.Este espectáculo, encenado por Jan Gomescom música de Carlos Barreto Xavier, baseia-se no Texto homónimo de José Carlos Completo. O espectáculo revestiu-se de música, dança e, sobretudo, um cenário esplendoroso da autoria de Anésia Medeiros e Neila Kiilli feito de aproveitamento de materiais recicláveis apelando a uma mensagem ecológica de preservação dos oceanos. O espectáculo começa com dois mergulhadores, Patrícia Gaspar e Tiago Nogueira, a acordarem numa praia, recordando-se da aventura que tiveram entre os serem marinhos. O pano está fechado e eles tentam lembrar-se se foi um sonho ou se foi realidade. Verificam que, tendo tido o mesmo sonho, só pode ter sido verdade e convidam a audiência a penetrar nos mistérios dos oceanos, conduzindo-a a uma orgia de cores, própria do fundo do mar. O pano abre e o público penetra no cenário fantástico, todo feito à mão, que recria a beleza do fundo do mar. Vemos as medusas, cardumes de peixes e voltearem no espaço aquático, polvos, cavalos-marinhos nadando entre corais e algas. Os mergulhadores perdem-se no meio de tanta beleza. Denunciados pelas três medusas, defendidas por Ana Lázaro, Ana Penitência e Andreia Ventura, os mergulhadores defrontam-se com Neptuno, o rei dos mares, interpretado por Rui Ventura, que resolve vigar-se deles, aprisionando-os, pois andava zangado com toda a poluição e estragos que os humanos têm provocado. Depois de terem tentado escapar dizendo uma palavra mágica, como no teatro, e verificando que tal não resultava, os mergulhadores foram soltos pelas medusas com uma condição: a de levarem a toda a humanidade a mensagem de preservação dos oceanos. Uma história simples que pretende difundir uma mensagem essencial é suportada, não pela consistência dos actores nem pelo ritmo das canções mas por um cenário deslumbrante. Os adereços cenográficos desta aventura são totalmente feitos a partir de lixo reciclado. Estes cenários são pintados com tintas fluorescentes o que, com a luz negra, produz um efeito absolutamente mágico. Esta é uma das especialidades da Mar Encantado, companhia existente há três anos mas que só agora saltou para o palco - a fabricação manual de cenários e adereços com materiais reciclados. Outra é a execução de workshops para crianças, com temáticas de sensibilização ambiental e reciclagem, ensinando as crianças a fazer artigos úteis a partir de lixo. Totalmente feito a partir de resíduos, trabalhado à mão, um fundo do mar brilhante e mágico ali estava, com rochas, corais, algas, medusas, tubarões e muitos outros peixes e pormenores. Os cenários até encobriram algumas falhas, como a perda da garrafa de oxigénio do mergulhador, recuperada pela mergulhadora, o regresso do mergulhador sem a garrafa de oxigénio, o que, em última instância pode ser perigoso, uma vez que estamos a passar mensagens de vária ordem ao público mais novo. Os seres marinhos podem viver no fundo do mar sem botijas de oxigénio, mas é bom que, mesmo a um nível subliminar, as crianças tenham consciência de que os mergulhadores não sobrevivem se não levarem com eles oxigénio para respirarem debaixo de água.
O aproveitamento do breack dance, muito em voga, foi aceite de forma efusiva pelo público mais jovem, e os figurinos, sobretudo o de Neptuno, fizeram furor entre as crianças. A articulação entre a luz negra, realçando o fluorescente das tintas, e a “luz de aquário”, perfeitamente adequada, possibilitou que, ao mesmo tempo que as crianças tivessem uma consciência do aspecto do fundo do mar, fossem seguindo a história saindo momentaneamente da obscuridade. Nas canções, apesar de haver uma certa vivacidade, a voz da mergulhadora feria um pouco os ouvidos mais sensíveis, uma vez que não dispunha de uma colocação adequada. No geral foi um espectáculo cativante, que conseguiu despertar as crianças para uma mensagem fundamental de defesa dos oceanos e do nosso planeta. No final do espectáculo as cenógrafas explicaram às crianças algumas maneiras de transformar uma garrafa de plástico num tubarão, ou um monte de trapos numa medusa. Uma boa articulação entre o teatro e a educação cívica e ecológica.
O aproveitamento do breack dance, muito em voga, foi aceite de forma efusiva pelo público mais jovem, e os figurinos, sobretudo o de Neptuno, fizeram furor entre as crianças. A articulação entre a luz negra, realçando o fluorescente das tintas, e a “luz de aquário”, perfeitamente adequada, possibilitou que, ao mesmo tempo que as crianças tivessem uma consciência do aspecto do fundo do mar, fossem seguindo a história saindo momentaneamente da obscuridade. Nas canções, apesar de haver uma certa vivacidade, a voz da mergulhadora feria um pouco os ouvidos mais sensíveis, uma vez que não dispunha de uma colocação adequada. No geral foi um espectáculo cativante, que conseguiu despertar as crianças para uma mensagem fundamental de defesa dos oceanos e do nosso planeta. No final do espectáculo as cenógrafas explicaram às crianças algumas maneiras de transformar uma garrafa de plástico num tubarão, ou um monte de trapos numa medusa. Uma boa articulação entre o teatro e a educação cívica e ecológica.
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